quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Harmonia Vocal

Harmonia Vocal


Para este nível espera-se que o aluno domine, ou ao menos conheça bem os
conceitos básicos de técnica vocal, e tenha bagagem musical até formação
de escalas, acordes e intervalos.


Caso você não tenha a bagagem suficiente para este estudo, não deixe de
ler as considerações importantes ao fim deste estudo.


Formação dos Naipes Vocais


Conceitos de divisão dos naipes:


O estudo da música erudita nos apresenta a divisão dos naipes vocais da
seguinte forma:


Sopranos, mezzo-sopranos e contraltos são considerados vozes femininas;


Contra-tenores, tenores, barítonos e baixos são considerados vozes
masculinas.


A música moderna, porém, nos apresenta várias formas diferentes de se
trabalhar padrões vocais, tornando, portanto, este conceito "limitado"
no sentido de tudo quanto se pode extrair da técnica vocal nos dias de
hoje. Um exemplo de que o conceito torna-se ultrapassado é o fato de
que, no estudo erudito da técnica, existe uma tessitura pré-estabelecida
para cada divisão, o que não ocorre na música moderna, onde um vocalista
masculino pode como bem entender utilizar-se de técnicas para atingir
sons pertencentes à tessitura feminina.


Abertura - o termo refere-se ao modelo de intervalos usados para a
divisão de vozes.


Existem vários tipos de abertura vocal:


Praticando: Experimente formar um grupo de pessoas, no mínimo quatro, e
cante uma canção bem conhecida e fácil, com o acompanhamento de um
instrumento. Peça pra que todos abram a harmonia vocal intuitivamente.
Geralmente este tipo de abertura, muito usada em coral, é formada no
padrão de terças. Agora, troque a 2ª voz pela 3ª (contralto faz a voz do
tenor), e a 3ª voz pela 2ª uma oitava a baixo (tenor faz contralto, como
se fosse baixo). Três vozes distintas, com intervalos maiores entre
elas. Provavelmente esta abertura estará no padrão de quintas. Este tipo
de harmonia é muito rico pela quantidade de harmônicos que produz na sua
interpretação, dá a sensação de amplitude, como se houvessem mais
pessoas cantando.


Depois de fazer este exercício, tente colocar em evidência as notas
dissonantes da harmonia. Para isto, utilize acordes com nona, com sétima
e acordes "sus". Toque o acorde e distribua as notas deste acorde para
os vocalistas cantarem. Deixe-os acostumarem-se com o som, e então, vá
"encrencando" os acordes com alterações, como diminutos e aumentados,
etc. Isto aumenta a capacidade auditiva dos vocalistas e ajuda-os a
entrosarem-se melhor com a banda, sempre ouvindo a harmonia que está
"rolando" e encaixando-se.


Trabalho nos intervalos:


Para que você tenha uma bagagem boa na realização de arranjos vocais, é
necessário conhecer bem os intervalos e experimentar as aberturas em
Terças, Quartas, Quintas, e Sextas.


Estilos: Dependendo da idéia do arranjo, utilizam-se intervalos próprios
a fim de gerar o clima ideal.


Exemplo: No pop-rock é difícil utilizar na abertura vocal intervalos de
terça. Embora sejam muito comuns em outros estilos, ficamos nos
perguntando o que é aquele detalhezinho que falta no vocal pra deixar o
som legal. Na verdade, o vocal canta muito intervalos de segunda maior,
e quarta justa, e quando não, em quintas. Pra desenvolver isto, coloque
um cd ou dvd do estilo que você quer aprender e observe o trabalho
vocal. Comece a cantar junto e faça a análise harmônica do que aquele
vocalista está fazendo, por exemplo, quando soa aquela nota, você deve
saber que grau é aquele, se uma nona, uma sétima, uma segunda, etc.
Depois você precisa analisar que grau aquele representa em relação à
melodia. Ex: Se a melodia estiver no quinto grau e o vocal estiver
cantando um sexto grau, então este intervalo é de segunda maior..


Dinâmica - Também se utiliza a dinâmica vocal para conseguir o efeito
desejado de som vocal, tais como: agressivo, alegre, melancólico, suave,
jovem, forte, vigoroso, introspectivo, reflexivo, sensível, etc. Saber
como cantar e quando cantar é essencial para um vocalista. Aquele
backing-vocal que fica cantando o tempo todo, enchendo todo o espaço de
frases bem elaboradas e dobrando todas as notas da harmonia acaba se
tornando um chato. Isto porque ele colabora para poluir a música,
deixando-a "suja". Às vezes é necessário suavizar, "baixar a bola"
mesmo. Nem sempre todos os vocais cantam ao mesmo tempo, fica muito bom
se de repente soa apenas uma voz com a melodia, cantando mais forte, as
outras só dando um suporte. Use a criatividade e o bom senso.


Scat - É a utilização de sons vocais como onomatopéias, com o objetivo
de imitar instrumentos musicais. Esta técnica é comum em canções a
capella, mas também pode ser utilizado em arranjos de lead vocal.
Experimente cantar uma melodia só com sons tipo - Dah, dah, com a
harmonia aberta.

Um comentário:

Unknown disse...

Ola!!!Prof Itamar eu sou cantora e estudiosa do canto encontrei sua pagina e gostei muito!!!